15.4.11

ALUNO EM DESTAQUE MÊS ABRIL: MARCUS VINÍCIUS



Batuque de bamba uma família

 Bom a minha historia com a oficina foi bem engraçada, mas pra começar falar eu tenho que ir lá atrás começando com o meu pai.
 Pra quem não sabe sou filho de “ritmista” mangueirense desde pequeno quando eu ia aos ensaios na mangueira eu gostava do ritmo.
Bom, herdei essa paixão pelo ritmo do meu pai que me ensinou uma parte de tamborim quando eu era pequeno, mas depois ficou sem tempo por causa do trabalho e alguns problemas, anos se passaram e a minha paixão aumentava pelo ritmo quando eu via a bateria da mangueira sempre falava algo, um dia eu vou está lá mais sei que lá faltava alguma coisa.
 Numa noite que eu tava na internet de bobeira no Orkut, estava procurando um local para aprender ai vi 3 (três) locais sendo que o terceiro foi uma comunidade chamada “Batuque de Bamba”, vi alguns tópicos e gostei do clima da comunidade e lá dizia. “Novas turmas 17 de outubro de 2009”, eu fui até lá no dia 17, cheguei, me matriculei no tamborim básico e caixa básica. No mesmo dia fiz aula de básico com o Leandro, terminei a aula e fiquei brincando lá com o tamborim.
 Foi quando o Cristiano me viu e perguntou: “-Você é de qual nível?... - Eu respondi  “sou do básico.., ele falou bom o básico é bem básico dai me levou para falar com o Leandro e pediu pra eu tocar o carreteiro, fiz o 3x1, depois ele pediu telecoteco ai eu fiz o da mangueira, Ele me perguntou se eu conhecia alguém da mangueira falei do meu pai. Ele me falou bom você pode ir pro inter 1, depois assisti o inter 2 e consegui acompanhar e fiquei por lá.
No inicio de 2010 após uma aula Cristiano perguntou para o Renato se tinha vaga na Santa Cruz de tamborim, falaram que iam ver pra mim, ele perguntou se eu tava afim, e disse que sim felizão mas meio desconfiado, depois o Leandro confirmou e eu fui. Poxa primeiro ano muito bom cara mais nesse meio tempo teve aquela parada de a oficina sair da Flor da Mina e depois disso passou um bom tempo até voltarmos a quadra Vizinha Faladeira reencontrei o pessoal e de novo o Cristiano meu “padrinho” como a minha “madrinha” Bianca Ferreira, fica zoando ele kkkk.... o leandro meu outro padrinho e o pessoal todo. Dalva, Thomas, Anderson, Renato, Flávio, Thiaguinho e todos os outros que não mencionei. Se não fosse a pulsação do meu pai, o toque chapado do Leandro, e os ensinamentos do Cristiano talvez essa minha paixão pelo ritmo, não estaria perto de estar completa.
O lema do Batuque é “Mais do que uma fábrica de ritmistas, uma fábrica de amigos“ esta certo mas deveria ter um acréscimo “Mais do que uma fábrica de ritmistas, uma fábrica de amigos que virou uma família.”

Ass: Marcus Vinicius RGA Sherman \O/

5.4.11

COM A PALAVRA O FUNDADOR: LEANDRO "BOLADÃO"

Conforme dito pelo Cosme neste mesmo blog em posts anteriores, ele teve a confiança de deixar em minha responsabilidade a oficina, o que me deixou bastante feliz com o reconhecimento.
Apesar desta escolha, não passava por minha cabeça, que no momento só estava deslumbrada por estar ali aprendendo os instrumentos, ser responsável pelo projeto.  Porém apesar disso aceitei, mas quis dividir com dois amigos, que hoje são verdadeiros irmãos pra mim: Thiago Bendon que foi quem deu o nome Batuque de bamba e Cristiano Sousa que apesar de problemas pessoais terem o afastado por uns anos do batuque, teve uma participação muito importante no começo e principalmente em sua volta recente.
Após o carnaval de 2006, a oficina decidiu alçar voos maiores, resolvendo se desligar do Bloco Boêmios da Senado, mas aos quais quero aproveitar o ensejo para agradecer, de coração, por proporcionar uma das melhores épocas vividas pelos participantes do projeto.
A mudança foi um período muito difícil, pois não havia espaço e sequer instrumentos, que foram adquiridos com a ajuda dos remanescentes, episódio este que me mostrou que nem todos estavam dispostos a abraçar o projeto.
Por um curto período, o Batuque funcionou em um prédio abandonado no Engenho Novo, até se instalar, em meados de 2006, na quadra da luxuosa e pioneira Associação Recreativa Escola de Samba Vizinha Faladeira. Mesmo com todas as dificuldades, a época vivenciada ali rendeu muitos frutos a todos os participantes, principalmente para seus diretores. Ali, a semente plantada pela oficina começava a brotar e florescer, sendo notória a produção em série de ritmistas para diversas escolas de samba, seja do Grupo Especial, seja do último grupo. Então fica aqui nosso agradecimento à A.R.E.S. Vizinha Faladeira, sem a qual, provavelmente, teríamos interrompido nossa trajetória tão bonita.
Agora voltando para o lado pessoal, eu não sei mesmo definir bem o que representa a Batuque de Bamba para mim, apesar de ser uma comparação já muito manjada, faria analogia a um filho. Pois apesar de me dar muito trabalho, muito mesmo, deu-me muitos momentos de alegria, como os que eu via pessoas esforçando-se para estarem ali e felizes por isso, mesmo em uma época (que a maioria não viveu) em que muitas vezes só tínhamos três alunos por Sábado. E claro principalmente ao ver o sonho de muitos se realizando ao desfilar em uma bateria e saber que houve contribuição nossa para aquele momento. Fico feliz também de ver o Bruno, a Vanessa, Olavo e o Luis Fernando, por exemplo, presentes até hoje dentro da oficina e ver o quanto a mesma é importante para eles e muitos outros.
Mas o mais importante do Batuque pra mim foram vocês, os amigos que ele me deu. Gostaria de deixar aqui um agradecimento especial ao Thiago, por ter sido meu fiel escudeiro nestes cinco anos que estivemos juntos na frente do batuque e por ter sido um verdadeiro irmão pra mim, não só na OBB, mas na vida. Valeu por tudo que me ensinou meu parceiro.
Porém agora o filho cresceu, acho que foi bem cuidado e com isso já foi morar sozinho, deixando agora o velho aqui descansar um pouco. RSS. Também fico feliz em ver que assim como no passado tivemos quem desse continuidade ao projeto, hoje temos braços novos para guiá-lo, afinal o batuque definitivamente, agora mais do que nunca, é de todos.